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Entenda como funciona a Inseminação artificial em bovinos

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A inseminação artificial em bovinos é uma técnica amplamente adotada pelos produtores rurais brasileiros. De acordo com relatório recente divulgado pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial, a Asbia, 12% do gado brasileiro provém da inseminação artificial. O relatório afirma também que somente em 2014 foram produzidas no Brasil 5,9 milhões de doses de sêmen para gado de corte e 1,6 milhões de doses para gado leiteiro, números expressivos e que provam os altos índices de adesão dos produtores rurais à técnica.

E você, sabe como funciona a inseminação artificial em bovinos? Entenda neste post o que é a técnica, quais são as suas vantagens e quais os cuidados necessários para seu sucesso.

Inseminação artificial em bovinos: conceito

A inseminação artificial em bovinos consiste na deposição mecânica do sêmen no útero da vaca, de forma que a fecundação possa ocorrer sem o contato direto com o touro. Ao contrário do que muitos pensam, na inseminação artificial a fecundação acontece naturalmente, sendo que a intervenção humana se limita à preparação do animal no cio e à introdução do sêmen – com apoio de instrumentação adequada – no canal vaginal da vaca.

Uma das biotécnicas mais conhecidas e utilizadas na produção rural brasileira, inclui também a observação do rebanho, a detecção dos períodos de cio dos animais, a colheita ou compra do sêmen selecionado, o processamento e congelamento deste material em laboratório e, por fim, a preparação e introdução do mesmo no trato genital da vaca.

Vantagens da inseminação artificial em bovinos

Inicialmente usada para erradicar doenças infecto contagiosas comuns à monta tradicional pelo touro, a inseminação artificial em bovinos acabou sendo percebida como vantajosa também em outros aspectos. A possibilidade de seleção dos animais representa um melhoramento genético dos filhotes e, consequentemente, uma melhoria na eficiência produtiva do rebanho, seja ele de corte ou de leite.

O congelamento do sêmen representou também a possibilidade de utilização do sêmen de touros com genética privilegiada mesmo após sua morte. O controle reprodutivo nas propriedades rurais, a possibilidade de melhoramento das raças por meio do cruzamento programado bem como a prevenção de acidentes – comuns na cobertura tradicional – são outras vantagens da inseminação artificial em bovinos.

O aproveitamento de touros incapacitados fisicamente para a monta tradicional – ou devido à idade avançada – e o aumento na vida reprodutiva do animal também são benefícios da técnica.

Cuidados necessários durante o processo

Apesar de extremamente simples, a técnica de inseminação artificial em bovinos exige uma série de cuidados para garantir sua eficiência. O primeiro deles se refere à adequada verificação do cio das fêmeas. Para isso, recomenda-se submeter as vacas à monta e selecionar as que aceitarem o processo antes que ocorra o cruzamento natural.

Como a ovulação da fêmea ocorre, em média, 12 horas após o cio, o ideal é iniciar os procedimentos de inseminação com o mesmo intervalo após a verificação do cio. Vacas com problemas de saúde, que tenham parido recentemente (menos de 45 dias) ou que apresentem qualquer tipo de anormalidade – especialmente no tempo dos intervalos de cio – não devem ser submetidas à técnica.

A assistência de profissionais qualificados, como o inseminador e um veterinário também é essencial. A capacitação de inseminadores pode ser feita nas centrais de congelamento de sêmen e também nas escolas de técnicas agrárias. Algumas entidades governamentais, como a Embraba e as Universidades também oferecem esse tipo de treinamento.

Cuidados com a higiene dos animais, bem como com o manuseio dos botijões de acondicionamento do sêmen também estão diretamente ligados ao sucesso da técnica. O local para a realização da inseminação também deve ser submetido a uma criteriosa higienização, e os aparelhos utilizados (lâminas, aplicadores, pinças, luvas e palhetas de acomodação do sêmen) precisam ser totalmente esterilizados.      A temperatura da água para o descongelamento das doses de sêmen deve ser de 35° a 37°C, e o tempo máximo para o procedimento é de 30 segundos.

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