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Confinamento ou pasto: qual a melhor opção para o gado leiteiro

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O Brasil produziu 34 bilhões de litros de leite em 2013 e passou de sexto para quarto maior produtor mundial, apontam os dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). A posição no ranking, no entanto, aconteceu principalmente pelo aumento do rebanho bovino, e em menor proporção pelo aumento produtividade.

Para que a produção de leite aumente e tenha lucratividade o produto brasileiro precisa melhorar em qualidade e quantidade. Mas para isso é preciso produzir mais gastando menos recursos, utilizando menor quantidade de animais e insumos. O produtor também precisa ser melhor remunerado e ter uma maior apropriação dos valores que seu produto gera, podendo assim investir em sua fazenda.

A alimentação compõe a maior parte dos custos na criação do gado leiteiro, por isso o planejamento e opção pelo sistema de produção mais adequado faz toda a diferença para viabilizar a atividade leiteira.  Confinamento ou pasto, veja qual a melhor opção para a criação do gado leiteiro na sua propriedade.

Pasto

Dado no pasto

A pastagem é a forma mais barata de alimentar o rebanho bovino e uma alternativa para produção de leite a baixo custo. Apesar da produtividade ser menor, esse sistema apresenta, muitas vezes, mais lucratividade por possuir custos mais baixos.

A uso intensivo de pastagens apresenta como vantagens investimentos, custo operacional e mão-de-obra mais baratos, quando comparada ao sistema de confinamento. Mas é preciso estar atento. Na criação a pasto, é necessário investir em pastagens de alta qualidade nutricional, o que demanda muitas vezes investimento em correção, irrigação e adubação do solo, evitando a degradação das pastagem devido ao esgotamento da fertilidade, além da seleção das forrageiras apropriadas, produtivas e de boa qualidade. É preciso ainda investir em cercas, roçagem, semeadura, planejar o manejo do pastagem, despesas que precisam ser feitas e que podem encarecer a produção a pasto.

O Brasil, por sua grande dimensão territorial, possui regiões com características climáticas diferentes, não sendo possível, em parte das propriedades, adotar a pastagem como meio exclusivo de sustentar as animais e manter a produção de leite ao longo do ano, principalmente devido ao período de seca. É preciso, por tanto, possuir um bom planejamento para os períodos de estiagem, que podem deixar os animais sem áreas propícias para alimentação, sendo necessário adotar um sistema de semiconfinamento, em que é inserida a cana-de-açúcar, silagem ou feno, ou outros complementos na suplementação da dieta bovina.

Outro problema encontrado pelo produtor rural e que afeta a viabilidade do modelo de criação a pato é a escassez ou altos preços para se comprar terras e expandir a propriedade.

No entanto, indicado para pequenos e médios produtores, por utilizar pequenas áreas e exigir baixo investimento em instalações, o sistema de pastejo rotativo tem se mostrado eficiente como uma alternativa para a intensificação da produção de leite.

Confinamento

Ordenha de vacas leiteiras em confinamento

Pequena ou de grande porte, a atividade leiteira, tem se modernizado nos últimos anos. Para sobreviver ao mercado os produtores substituem práticas tradicionais por novos modelos de gestão e aumentam a produtividade e a qualidade dos seus rebanhos, abrindo espaço no exigente mercado consumidor e até mesmo reduzindo custos.

O sistema de confinamento surge como uma alternativa para melhorar a produtividade, já que através desse meio é possível produzir mais, mesmo em pequenas áreas e durante o período de seca. Nesse tipo de manejo o animal possui mais conforto e uma alimentação correta, com a quantidade e qualidade de nutrientes necessários para uma boa produção, fato é que a produção de leite neste modelo é superior comparada a outros tipos de exploração.

Os investimentos iniciais são bem maiores do que os necessários na criação a pasto, principalmente em máquinas e ferramentas, como ensiladeiras, trituradores e outros,  mas após essa fase a produção individual e coletiva do rebanho superam às despesas, e a maior escala e eficiência de produção faz com que os custos fixos sejam diluídos.

No sistema de confinamento há o planejamento e funcionalidade das instalações para se ter uma mão-de-obra mais eficiente e reduzir o número de acidentes. Por ser um método controlado, é possível identificar as enfermidades e trata-las mais rapidamente, de forma eficaz e segura, vantagens que contribuem para a redução dos custos de produção.

Antes de adotar qualquer um destes métodos de exploração, cada produtor deve ter em mente as limitações físicas e financeiras de sua propriedade para escolher aquela que melhor se adapte ao seu negócio, visto que os dois procedimentos são lucrativos e capaz de competir no mercado.  Confinamento ou pasto? Descobriu qual a melhor opção para a produção de leite em sua propriedade rural? Deixe para a gente suas dúvidas e comentários!

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