O uso dos inseticidas e herbicidas ampliou significativamente o potencial produtivo dos agricultores e empreendedores rurais. Além da redução de perdas graças ao controle de pragas comuns, a possibilidade de tratamento das sementes e aplicação de inseticidas por pulverização da aérea ou mesmo em sulcos representou um ganho produtivo significativo para a agricultura.
Porém, a existência de uma gama imensa de pragas – que atacam desde a raiz até as folhas, frutos e diretamente o solo – bem como as variações climáticas, de solo e temperatura, fazem com que alguns cuidados na aplicação de inseticidas sejam necessários. Esses cuidados garantem não apenas a eficiência das técnicas, como também evitam o uso excessivo e desnecessário de ativos e a morte de inimigos naturais dessas pragas, fundamentais para a saúde das plantas.
E você, sabe como aplicar inseticidas de maneira eficiente em sua plantação? Confira neste post!
Aplicação de inseticidas: a importância da identificação das pragas para escolha do método
A variedade de pragas possíveis nas diversas lavouras faz com que a escolha do método de aplicação bem como do tipo de inseticida a ser usado seja essencial para o sucesso do tratamento. A identificação do tipo de praga a ser combatida é o primeiro passo para que a técnica tenha a efetividade esperada. Por isso, esteja ciente de quais são as pragas que estão prejudicando sua lavoura antes de investir em qualquer método de aplicação de inseticidas.
Assim, pragas e insetos que atuam acima do solo (em sua superfície) como moscas, pulgões, besouros e vespas, por exemplo, devem ser tratados com inseticidas de aplicação aérea, por meio de pulverizadores e atomizadores . Eles garantirão a eliminação de pragas e insetos com persistência menor que uma semana.
Já para as pragas que atuam na parte subterrânea, atingindo raízes e colo das plantas (lagartas rosca, brocas de colo, cigarrinhas e percevejos) ou mesmo para as que atuam nas extremidades distais das folhas (grilos, vaquinhas, lagartas da aveia, pulgões e moscas brancas), o ideal é investir no tratamento das sementes com inseticidas ou na aplicação direta no sulco de semeadura, as chamadas aplicações inoculantes. Nesse caso, a possibilidade de uso de uma quantidade maior de ativos garante uma proteção mais longa, de até duas ou três semanas após a semeadura.
Escolhendo o tipo de inseticida ideal
Os tipos mais comuns de inseticida são os líquidos ou granulados. A versatilidade e o custo reduzido dos inseticidas líquidos quando comparados aos granulados faz dessa a opção mais comum entre os agricultores, que o utilizam tanto para a aplicação aérea como para a aplicação inoculante. O uso dos pulverizadores (que podem ter sua regulagem adaptada para aplicação direta nos sulcos) permite que a quantidade de ativo seja facilmente controlada, o que garante altos índices de eficiência para o tratamento.
A opção do inseticida granulado é ideal para o tratamento das sementes e, apesar de seu custo ser mais alto, apresenta a vantagem de proporcionar uma proteção de mais longo prazo, já que o granulado libera seus ingredientes ativos no solo de maneira progressiva.
Condições climáticas
A escolha do método de aplicação de inseticida também depende das condições climáticas de cada plantação. Em períodos chuvosos (com pancadas regulares e umidade de solo elevada), a aplicação de inseticidas nas sementes ou em sulcos é bastante interessante, já que a aplicação aérea poderá não ser tão bem aproveitada devido às chuvas recorrentes.
As condições climáticas para a aplicação de inseticidas por pulverização também devem ser cuidadosamente observadas. Além dos cuidados com as correntes de vento (que podem carregar os ativos para locais indesejados) o ideal é que haja um bom percentual de umidade do ar e que a temperatura não seja muito alta (acima dos 30°C). Isso garantirá o depósito adequado do inseticida nas plantas e reduzir as perdas por evaporação.
E você, tem alguma técnica especial para a aplicação de inseticidas em sua lavoura? Compartilhe com a gente!